segunda-feira, 7 de novembro de 2011

NOTÍCIAS RELEVANTES À INCLUSÃO NA ESCOLA EMEIF FRANCISCO SILVA CAVALCANTE

Regional I – Jardim Iracema – Fortaleza/Ceará

Professor: Rita de Cássia Cláudio Rodrigues- Esp. Psicopedagogia / AEE


Em nossa escola temos 495 alunos matriculados nos dois turnos,manhã e tarde,dentre eles, temos 17 alunos com diferentes deficiências como: Intelectual,Física,Visual,Transtorno Global do Desenvolvimento -TGD,Síndrome de Down,Paralisia Cerebral e Pessoal com Surdez, todos distribuídos em diversas salas de aulas comuns.
Dispomos de vários Serviços em benefício ao aluno como aulas de esportes,informática e conteúdos programáticos do currículo escolar dentre estes destacamos ainda, o trabalho de Atendimento Educacional Especializa- AEE na Sala de Recursos Multifuncionais,onde os alunos são atendidos em seu contra turno das aulas.
Ao receber o aluno com deficiência no espaço escolar surgem várias concepções as quais procuramos,através do trabalho em equipe,solucionar de forma adequada a cada necessidade apresentada pelo aluno.
Percebemos que não estamos  verdadeiramente prontos à inclusão, muito  deve ainda ser feito,mas devemos ter a concepção de que não é o aluno que deve se adequar à escola, e sim a escola a ele,desta forma procuramos minimizar os insucessos enfrentados por cada um, dando todo os os suportes de acessibilidades tendo em vista as nossas estruturas,assim como possibilitar a participação do mesmo em todo o contexto escolar,através do trabalho em conjunto  com professores e toda a comunidade escolar priorizando a participação plena do aluno junto a seus pares educativos de forma independente e autônoma. Partimos do princípio, como professor de Atendimento Educacional Especializado – AEE, que temos a atribuição de identificar os obstáculos que impedem ou limitam o aluno de participar e de se desafiar para alcançar os objetivos educacionais propostos pela escola e, por fim, construir as condições necessárias para a superação destes obstáculos. Esta não é uma pretensão,poderemos vencer os desafios da inclusão através dos conhecimentos adequado e parcerias complementares,pois não se pode desenvolver um trabalho com êxito apenas com a boa vontade.
Garantir as condições de acessibilidade é uma parte importante do processo de inclusão dos alunos com deficiência e, neste empenho, estarão envolvidos o próprio aluno, seus familiares, os gestores das redes de educação, os gestores e professores da escola comum, além de outros profissionais que poderão contribuir com informações, conhecimentos e experiências que venham subsidiar e qualificar o atendimento ao aluno.
Devemos destacar também que o AEE tem por atribuição a Educação para a Autonomia e isto significa muito mais do que dar acesso e ajudar o aluno com deficiência a desempenhar de forma mais independente possível as várias tarefas do cotidiano escolar.
Podemos dizer que a autonomia diz respeito a gerenciar a própria vida. A autonomia nos faz tomar decisões para nós mesmos, sempre lembrando que estamos em relação com os outros durante nosso percurso como seres em constante evolução.
Vale ressaltar que para atender melhor o aluno, muitas mudanças necessárias foram provocadas e adotadas  nos diversos contextos da escola ao incluir o/a  aluno /a   .Pois
sabemos o quanto temos que nos adequar às diferenças de todos os alunos,não só das pessoas com deficiências, priorizamos mudar não apenas as estruturas físicas da escola,mas também a área pedagógica. Voltamos a nossa atenção a acessibilidade de um modo geral, de forma imediata para  a construção de rampas de acesso e barras de proteção para as pessoas com Deficiências Físicas e faixas de orientação e mobilidade para as pessoas com Deficiências Visuais,assim como banheiros,salas de aulas e materiais mobiliários adequadas.
Na área pedagógica procuramos trabalhar a reflexão para o fazer pedagógico,assim como cursos pela Internet  envolvendo a inclusão, de Formação Continuada  para professor na Plataforma Paulo Freire:  Tecnologia  Assistiva -TA e no SENAC de São Paulo, unesp como:

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CET - FAZENDO ESCOLA: REFLETINDO SOBRE NOVOS VALORES NO
TRÂNSITO – EDUCAÇÃO INFANTIL

SITE:www.blackboard.sp.senac.br ;
unesp/ São Paulo
SITE:http://teleduc.reitoria.unesp.br/~teleduc/cursos/aplic/index.php?cod_curso=461 
Formação Continuada  de  Professores em Tecnologia de Informação e Comunicação Acessível http://teleduc.proinesp.ufrgs.br/cursos/aplic/index.php?cod_curso=289
Entre outros em comum a este contexto. Como disse não podemos ter um trabalho voltado à inclusão apenas com a boa vontade.
É fato que transformações acentuadas podem ser vistas na escola em seus
diversos contextos resultantes das mudanças e ações realizadas em benefício a participação plena do aluno em todo o contexto educativo e social,assim como a autonomia,independência e construção do saber básico, das Práticas Educativas para a Vida Independente - PEVI de todos os alunos, não apenas aqueles inadaptados, em suas salas de aulas comuns.


          
Universidade Federal de Uberlândia – UFU
Centro de Educação a Distância – CE a D/UFU
Centro de Ensino,Pesquisa,Extensão e Atendimento em Educação Especial
-CEPAE/UFU
Curso de Aperfeiçoamento em Atendimento Educacional Especializado para Alunos Surdos
Tutora: Daniela Reis
Cursista: Rita de Cássia Cláudio Rodrigues
Unidade: III
Turma: Turma 43
Data: 24/05/2012
Diário 3
Conceito sobre a Surdez
A Deficiência Auditiva também conhecida como hipoacusia ou surdez que é a perda parcial ou total da audição que pode ser de nascença ou adquirida por alguns motivos de doenças.
As pessoas surdas são capazes de adquirir todos os conhecimentos como qualquer outra pessoa, dentro do processo educativo e em qualquer ambiente o qual se encontre,mas para isto faz necessário suportes e possibilidades de comunicações referente a sua necessidade, pois em virtude do seu pouco estímulo auditivo que recebem do meio em decorrência da falta auditiva causa déficit em sua comunicação e compreensão dos fatos, desta forma poderá levar uma vida totalmente normal a partir do uso da Língua Brasileira de Sinais- LIBRAS, assim permitindo o desenvolvimento de sua inteligência.
Atualmente, a educação inclusiva é uma realidade em muitos países. Fato ressaltado na Declaração de Salamanca que culminou com uma nova tendência educacional e social.
Os conceitos gerais sobre surdez, classificações, técnicas e métodos de avaliação da perda auditiva, características dos diversos tipos de surdez, etc., são fundamentais para compreender as implicações da deficiência auditiva.
O deficiente auditivo é classificado como surdo, quando sua audição não é funcional na vida comum e hipoacústico aquele cuja audição, ainda que deficiente, é funcional com ou sem Próteses auditiva. A deficiência auditiva pode ser de origem congênita, causada por viroses materna doenças tóxicas desenvolvidas durante a gravidez ou adquirida, causada por ingestão de remédios que lesam o nervo auditivo, exposição a sons impactantes, viroses, predisposição genética, meningite, etc.
As hipoacústicas classificam-se em função do grau da perda auditiva, sua ordem e localização. Quando a lesão se localiza no ouvido externo ou no médio é denominada como deficiência de transmissão ou deficiência mista dependendo da intensidade da lesão. Quando se origina no ouvido e no nervo auditivo é dita deficiência interna ou sensório neural (estágio mais agudo da deficiência).
Mas o conceito de perda auditiva nem sempre é suficientemente claro para a pessoa que se depara pela primeira vez com o problema da surdez. O grau de perda auditiva é calculado em função da intensidade necessária para amplificar um som de modo a que seja percebido pela pessoa surda. Esta amplificação mede-se habitualmente em decibéis.
Para o caso do ouvido humano, a intensidade padrão ou de referência correspondem à mínima potência de som que pode ser distinguida do silêncio sendo essa intensidade tomada como 0 dB. Uma pessoa com audição normal pode captar como limiar inferior, desde -10 dB até + 10 dB. Verifica-se essa progressão se dá de forma exponencial ou seja multiplicando-a por dez. Logo, pressupõem-se que 10 dB tenha uma intensidade dez vezes superior a 0 dB e 30 dB são de uma intensidade cem vezes superior a 10 dB.
Dessa forma entende-se melhor a grande diferença entre uma pessoa com uma perda de 60 dB, que consideramos hipoacústico, e outro com 100 dB de perda. Tendo em vista que 60 dB é mais ou menos a intensidade de um grito a 1,5 m de distância. Portanto, compreendemos que a diferença entre uma perda de 60 dB e 100 dB.Á última sendo considerada bem mais difícil, para o prognóstico de reabilitação.
Contudo a medida da perda auditiva não é suficiente para medir o real problema de audição que uma pessoa apresenta. Faz-se necessário mensurar também qual o espectro de freqüência que está afetado pela surdez. Considera-se que as perdas auditivas nas freqüências baixas são mais prejudiciais do que as perdas nas freqüências altas. "Para compreendermos a causa disto teremos de analisar a relação entre a freqüência de um som e o tom com que este som se percebe". (CRYSTAL, 1983).
A freqüência de um som é medida em ciclos por segundo ou Hertz (Hz). O ouvido humano percebe sons nas freqüências entre 20Hz e 20.000Hz.
Entretanto a resposta perceptiva ao estímulo sonoro é denominada tom. Porém não há uma relação entre a escala de tons e a escala de freqüências. Mas, podemos tomar como parâmetros a escala de tons. Onde se compara o tom de uma nota musical a exemplo a nota "lá" que poderá apresentar um grau de entonação inferior ou superior dentro da mesma nota "lá".
Essa variação denomina-se uma oitava. "Ora bem, percebe-se como uma oitava superior a um tom dado, o som, em termos físicos, dobra a freqüência do primeiro. Desta forma, embora entre 2000 Hz e 4000 Hz haja uma distância física de freqüência menos do que entre 100Hz e 2000Hz, porém à distância perceptiva de tons é muito maior". (FRY et. al., 1982).
Para um diagnóstico correto de uma surdez é preciso fazer uma exploração audiométrica do grau de perda por relação com um espectro de freqüência que vá pelo menos de 125 Hz a 4000 Hz, já que são estas as freqüências mais utilizadas na fala humana.(CASANOVA, 1988).
Outro problema que deve ser levado em consideração e a relação entre o limiar auditivo e o limiar doloroso, de forma, a saber, qual o tipo de resíduo auditivo que poderá ser aproveitado para a reabilitação indivíduo surdo. O limiar auditivo corresponde ao nível de intensidade necessário para que a pessoa surda perceba o som e este limiar pode ser diferente em cada freqüência. O limiar doloroso é o ponto em que a intensidade sonora produz dor à pessoa. A distância que vai do limiar auditivo ao limiar de dor é o que se chama de resíduo auditivo utilizável.
O professor pode suspeitar de casos de deficiência auditiva entre seus alunos quando observar os seguintes sintomas: Excessiva distração; freqüentes dores de ouvido ou ouvido purgante; dificuldade de compreensão; intensidade da voz, inadequada para a situação, muito alta ou baixa ou quando a pronúncia dos sons é incorreta.
Para concluir ressaltamos que a surdez é uma inabilidade da pessoa para a integração social através da comunicação que como qualquer outra pessoa deve ser acolhida na escola e possibilitados meios e estratégias que favoreçam o seu desenvolvimento pleno de forma independente e autônomo com aprendizagens significativas á vida. já que têm os seus direitos garantidos, como qualquer outra pessoa em nossas Leis na Constituição Federal nas Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDBEN de nosso País e seria necessário cumpri-las,já que nossas realidades são bem diferentes dos escritos que se dizem direitos.